Fonte Andrade Figueira Magnesiana - Foto: Acervo Setur-Mg - Sergio Mouro

O primeiro nome que registra a histria e o de Joo Francisco Viana, proprietrio de vasta fazenda em terras da freguesia do Carmo de Pouso Alto, Termo de Cristina. Conhecidas a princpio como 'guas do Stio do Viana' e 'guas da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, prxima ao Rio Verde', suas virtudes ganharam fama e popularidade; aos poucos, forasteiros instalaram-se nas terras mais altas e as margens da antiga estrada do Carmo do Rio Verde e Pouso Alto, dando comeo a povoao. 4k6j1y

Depois de 1889, com o falecimento de Joo Francisco Viana, foram as terras divididas por seus filhos. O comendador Bernardo da Veiga, residente na cidade de Campanha, diretor do jornal Monitor Sul Mineiro e autor do Almanaque Sul Mineiro de 1874, incumbiu um sobrinho, Capito Jos Pedro da Costa, de estudar as possibilidades de industrializao das guas, disto resultando a compra das terras de propriedade dos Senhores Manoel Dias Ferraz e Adolfo Schimidt, que concordaram em vender a propriedade ao Comendador Bernardo Saturnino da Veiga, onde se localizam as fontes e a constituio de uma empresa - a Companhia de guas Minerais So Loureno -formada pelo comendador Bernardo da Veiga e seus irmos Saturnino da Veiga e ngelo da Veiga (mdicos). O nome da empresa prende-se a uma homenagem a memria do tenente-coronel Loureno Xavier da Veiga, pai dos trs irmos associados.

Iniciaram-se imediatamente os trabalhos de saneamento, drenagem e aterro, surgiram as primeiras ruas, formou-se o esboo da futura cidade. A 10 de agosto de 1891, dia consagrado a So Loureno, erigiu-se no ponto mais alto dos terrenos uma grande cruz e em capela improvisada celebrou a primeira missa o cnego Antnio Gomes de Faria Nogueira, vigrio de Carmo de Minas. Iniciou-se a construo de uma igreja, que fora primeiramente dedicada ao orago do Bom Jesus do Monte e, aps sua concluso, ao de So Loureno.

Em 1905, Afonso Noronha Frana adquiriu o acervo da antiga empresa, introduzindo na explorao de suas guas minerais maquinaria moderna e construindo prdios adequados para engarrafamento, depsitos e oficinas. Construiu tambm linha de bondes a trao animal at a estao, para transporte da gua, aumentada, mais tarde para trfego de ageiros. A concesso para explorao das fontes hidrominerais ou a outras empresas e bancos, at a atual Empresa de guas de So Loureno S.A., a partir de 1925.

Formao istrativa A LEI estadual n. 2, de 14 de setembro de 1891, criou o distrito de So Loureno, integrante do Municpio de Silvestre Ferraz (atual Carmo de Minas). Por Lei estadual n. 843, de 7 de setembro de 1923, aquele distrito foi transferido para o Municpio de Pouso Alto, de cujo distrito adquiriu parte do territrio. A emancipao de So Loureno resultou do Decreto estadual n. 7.562, de 1. de abril de 1927. confirmado pela Lei estadual n. 987, de 20 de setembro do mesmo ano. Entretanto, na diviso istrativa de 1933 figura ainda como distrito do Municpio de Pouso Alto, embora com autonomia istrativa e a indicao de ser sede da Prefeitura de So Loureno. Desde o Decreto-lei estadual n. 88, de 30 de maro de 1938, o Municpio aparece com um s distrito.